Nome artístico: Marcelo Di Morais
Qual sua área de atuação no
teatro?
Ator, mas só faço mesmo Stand
Up Comedy e agora 2 pantomimas, já evolui!
Há quanto tempo trabalha na
área?
Pouco mais de 3 anos.
Em quantos espetáculos já
trabalhou? (Pode citar alguns, se desejar)
Primeiro fiz o Stand Up Di
Agua ao Vinho. Depois fiz Open Mico, Despirocando, Dieta à Portuguesa e agora
estou com o Comédia com Tudo e o meu solo, Eu sou assim mas sou Legal.
Está em cartaz no momento? Se
sim, com qual ou quais espetáculos?
Apenas com Comédia com Tudo,
no Teatro Ruth Escobar.
Como você vê a situação atual
do teatro?
Agora é chic chamar alguém
para ir ao teatro. É chic e mais barato do que qualquer balada, pelo menos na
cidade de São Paulo. Mas ainda assim só funcionam os shows de comédia e alguns
espetáculos mais tradicionais, ou nos quais por ventura haja um ator de tv
atuando.
Como e quando tomou a decisão
de se profissionalizar nessa área?
Depois de uns 4 anos estudando
o gênero de humor que mais me identifico que é o stand up, e ter feito alguns
testes com participação em vários shows para saber se era isso mesmo que eu
queria e se tinha mesmo a ver comigo. Sempre me preocupei com a plateia, acho
uma merda humorista que estraga a plateia e ainda acha que é bom fazer isso, e
em São Paulo tem bastante isso. No resto do Brasil também tem, mas aqui pelo
oportunismo tem mais.
Já vivenciou algo inusitado no
trabalho? Pode nos contar a experiência?
Já sim. Numa apresentação no
Teatro Bibi Ferreira eu fiz uma piada que estava em meu texto baseada na vida
particular de um cliente de outro negócio que eu tenho, e não sabia que neste
dia ele foi me fazer uma surpresa e acabou sendo ele o surpreendido. E o pior
foi que antes de terminar a piada ele soltou uma risada muito alta, que tornou
impossível continuar a piada. Somente neste dia a plateia riu sem entender
nada…. E claro, quando o avistei tive que entregá-lo!
Aquele que faz de fato piada
de tudo que envolve o seu cotidiano. O Stand Up Comedy não conta piadas de
outros humoristas, não faz piadas que já estão publicadas em redes sociais. É
um gênero onde falamos de nós mesmos ou da nossa visão de cotidiano, sem
adereços, 100% de cara limpa. Nós jamais poderemos ser co-autores dos textos
que interpretamos, sempre os autores. Por isso a minha resposta na pergunta 2,
tem muito malandro se achando humorista, inclusive gente já com muitos anos de teatro.
Lamentável.
Qual foi a posição de seus
familiares ao saberem a qual profissão você gostaria de se dedicar e como
encaram isso até hoje?
Eles até hoje não sabem ao
certo o que é isso. Ainda nem sabem que são motivos de piadas em meu show.
Sorte minha!
Há alguém que lhe inspira como
profissional? Quem e por que?
Fora do Brasil, Adam Sandler.
No Brasil, Marcelo Mansfield, Rafinha Bastos, Danilo Gentilli e Carol Zocolli.
Você se sente realizado
profissionalmente?
Muito realizado, no palco eu
já fiz o que queria. Agora me divirto muito e sou muito feliz com o que faço.
Graças a Deus.
Quais suas metas de
crescimento profissional? Onde ainda quer chegar?
Quero sempre me manter em
cartaz. Quero estar com 70 anos fazendo Stand Up com qualidade e envelhecer com
alegria.
Cite um trabalho que lhe
marcou e conte-nos o porquê.
Foi uma apresentação que fiz
no teatro Riachuelo, em Natal, para um evento de uma grande montadora. Foi
muito emocionante e duro de conter a emoção. Com pouco mais de 900 pessoas
rindo das piadas que foram escritas por mim, me senti um compositor de musica
quando a escuta no rádio. Foi a sensação de que Deus ouviu minhas orações.
Feliz! Depois voltei mais 4 vezes para realizar o mesmo show na mesma cia.
Qual o maior apuro que já
passou profissionalmente?
Ainda não passei por apuros,
Graças a Deus. Talvez a maior decepção foi quando fiz um show no Teatro Ruth
Escobar, dia 8 de Dezembro, semana do meu aniversário, com grandes amigos, e
simplesmente não tinha microfone pra entrar no palco. Atrasamos o show em 1
hora por conta disso. Foi muito decepcionante. Mas já passou, que dizer, quase
passou, porque acabei de lembrar. Mas a culpa não foi da administração do
teatro, e sim de alguns elementos que Graças a Deus não trabalham e jamais
trabalharão comigo. Alguns ainda até circulam pelo teatro enganando outros.
Lamentável.
Como concilia sua vida pessoal
com os horários incomuns que a profissão exige?
Ah, quando amamos e queremos
existe tempo pra tudo. Pra ser humorista tem que ter “time”, tendo time pra
piada, tem “time” pra vida.
Alguma vez já pensou em mudar
de carreira? Se sim, por que continuou na área?
Não, jamais!
Houve algum trabalho do qual
não participou, mas gostaria muito de ter realizado? Qual? E por que?
Não, não tive nada assim tão
grande perto de mim que não aconteceu. Ainda não, quem sabe amanhã?
Teve ajuda de algum outro
profissional da área no início da carreira? Pode contar de quem foi essa ajuda?
Sim e muita, do meu grande
amigo que considero muito, que é o Rafael Cortez. E atualmente o grande amigo
também Mineirinho de Maceió.
Qual seu maior receio no
palco?
Passar mais de 2 minutos sem
risadas no show. Ufa, ainda não aconteceu.. Mas pode acontecer, é natural, mas
estamos evitando este momento.
Qual sua maior dificuldade em
cena?
Me concentrar no texto, porque
o improviso nos empolga muito, mas é show também.